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Serra de São Pedro - Um oásis no interior de São Paulo.

A parte central do interior do Estado de São Paulo é conhecida por sua superfície em sua grande maioria plana, com estradas retas que cortam centenas de quilômetros sem proporcionar ao motorista maiores emoções. Quem está acostumado a viajar para esses lados sabe que pegar uma Bandeirantes, uma Anhanguera ou uma Washington Luis está longe de ser a viagem dos sonhos de um entusiasta automotivo.


"Estrada reta não faz bom piloto", já dizia o ditado. E por aqui - lembrando que sou de São Carlos - é difícil encontrar algo que gere uma emoção no mínimo parecida com aquela que senti ao cortar as mais de mil curvas do Rastro da Serpente ou ao subir a Serra do Rio do Rastro.


Mas, como tudo na vida, sempre existe uma saída. E a saída para o tédio das rodovias do interior de São Paulo chama-se Estrada Vicinal Ulysses Guimarães.



Com início na saída 106 da SP-255 entre Itirapina e Brotas, a "estrada da Serra de São Pedro", como é conhecida, tem todos os atributos de um parque de diversões para qualquer pessoa que ame dirigir. Só para se ter uma ideia, a estrada se inicia com uma reta vazia de nada menos do que 5 km de extensão, dando o tom da diversão que está por vir.


Uma reta de 5km dá início à aventura.

A partir daí, curvas de todos os tipos mescladas com bons pontos de ultrapassagem - não que sejam necessários, pois aos domingos de manhã as chances são maiores de você ser ultrapassado por motociclistas apressados do que encontrar um carro lento pela frente - tornam a estrada um verdadeiro oásis no interior.


As curvas de São Pedro assemelham-se em muito com aquelas encontradas no Rastro da Serpente, estrada que faz a ligação entre São Paulo e Paraná e que já foi apresentada a vocês nesse post. O tom é completamente diferente da Serra do Rio do Rastro e, que me perdoem os fanáticos pela bela estrada catarinense, muito mais divertido.


Placa sinalizando que a diversão está à frente.

O que ajuda a tornar a vicinal Ulysses Guimarães tão divertida é a condição do asfalto, que encontra-se muito boa. Nos 30 quilômetros de sua extensão, encontra-se pouquíssimos buracos ou remendos que possam causar algum dano, tornando o passeio ainda mais agradável sem essa preocupação.


Além disso, por toda a rodovia a paisagem chama a atenção, seja por belas entradas das fazendas, seja pela vista quando se começa a subir.


A subida, aliás, é bastante diferente do que estamos acostumados com estradas de serra mais agressivas. Como a estrada que corta a Serra de São Pedro é razoavelmente longa (30 km de extensão ante os 12 da Serra do Rio do Rastro, por exemplo), a subida é feita de forma bastante gradual, tanto que o motorista acaba nem sentindo que está subindo uma serra. Essa situação só começa a mudar quando a paisagem revela a altitude.


No final da aventura um mirante escancara toda a beleza da Serra de São Pedro

A estrada termina na cidade de São Pedro (não confundir com Águas de São Pedro, que é outro município vizinho), onde um mirante aguarda os turistas para escancarar toda a beleza da serra. Perto do mirante existem restaurantes e cafeterias para atender à demanda, que é relativamente alta aos finais de semana. Pouco antes de chegar na cidade, o restaurante Rancho da Tirolesa é ponto de encontro de motociclistas de todo o Estado que se reúnem para pilotar na bela estrada.


Como chegar.


Para quem está na área central do interior de São Paulo, o acesso à vicinal Ulysses Guimarães se dá no quilômetro 106 da SP-255, rodovia que liga, dentre outras cidades, Jaú a Itirapina. Esse é o marco inicial da estrada que termina dentro da cidade de São Pedro.


Já para quem sai da capital ou cidades na região mais ao sul do Estado, o caminho mais fácil é por Piracicaba, onde se pega a Rodovia Geraldo de Barros até a cidade de São Pedro, iniciando-se a descida da serra no caminho oposto, sentido SP-255.


A volta por Brotas.


Vizinha à cidade de São Pedro, Brotas é talvez o maior expoente do ecoturismo no estado de São Paulo. Conhecida por suas dezenas de cachoeiras e corredeiras que convidam à prática do rafting, a cidade é uma parada obrigatória para turistas que queiram aproveitar mais do que simplesmente dirigir pela Serra de São Pedro.


O retorno por Brotas traz belos locais.

Para evitar retornar pelo mesmo caminho, sempre opto por rodar mais alguns quilômetros até Brotas, pois a ligação entre as duas cidades é feita por uma rodovia vicinal - Rodovia Municipal Elísio de Paula Teixeira - que, se não proporciona a mesma diversão da serra, também consegue colocar um leve sorriso no rosto do motorista.


A descida da serra pelo outro lado se dá de maneira suave e sem grandes dificuldades. Nessa estrada, porém, o asfalto encontra-se em condições mais precárias, exigindo atenção do motorista a cada curva. Buracos e remendos mal feitos são comuns e some-se a isso um tráfego um pouco mais pesado.


Para quem não conhece o centro do Estado de São Paulo, o trajeto é um excelente cartão de visitas. Por ele, além de dirigir por belas e desafiadoras estradas de serra, o motorista estará sempre rodeado de belas paisagens e uma infraestrutura condizente com cidades turísticas, em especial que sobrevivem do ecoturismo.


Como morador da região, convido todos que estiverem lendo a encarar a aventura e se divertir na Serra de São Pedro e cidades em seu arredor.

 
 
 

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